quarta-feira, 18 de junho de 2008

E o tempo disse ao tempo...



No tempo em que nós tínhamos tempo
Eu não sabia o que era ter tempo.

Depois, quando deixaste de ter tempo
para me dar tempo
Eu fiquei sem saber o que fazer,
quando se fica sem tempo!

Então, resolvi-me por aquilo que todos fazem
quando precisam de tempo: aprendi a viver sem tempo.

Agora
percebo que só na dispensa dos sonhos
onde não há relógios nem tic tacs
é que se pode ser dono das horas.

Não podemos manipula-las,
não podemos acelera-las,
não podemos retarda-las,
não podemos apaga-las.

E mesmo quem construiu o tempo
anda sempre com relógio.



>>> Mariana Silva

7 comentários:

ematejoca disse...

Nao te zanges, Mariana, por eu levar para o meu blogue o teu poema. Sao seis horas da manha e nao podia perguntar-te. Mas como eu já te disse, temos leitores diferentes. Do meu bloque podes tirar tudo o que quiseres.
Dá resposta rápida para eu ficar tranquila.
Bj*************************

Anónimo disse...

Ela nao se importa..

I'm sure ^^
Afinal é para o poema voar para otras areas ^^

Bjinho, Rita

Anónimo disse...

Ainda bem que me apoias, Rita!
Li o poema de madrugada, e nao fugi a tentacao de o colocar no meu blogue azul.
Já recebi um @ a pedirem uma traducao. Nao queres tu faze-la?
Bem, nos outros blogues amigos nao há problemas num´caso destes.
Fico lisonjeada quando algém me tira alguma coisa, é prova de que gostaram.

Saudacoes patrióticas e futebolistas de que quer que Portugal ganhe à Alemanha por 2 a 0

Avó Pirueta disse...

Ai Mariana! Vou contar-te uma coisa e peço-te a generosidade de não me achares presunçosa: às vezes, vou pela rua, em muitas e diferentes cidades do Mundo, e passo por mim. Reconheço-me perfeitamente: eu aos doze anos, com um olhar de gazela assustada de míope, eu aos oito, com as mãos embrulhadas uma na outra, sentido-me tão mais velha do que a minha idade. Já passei por mim aos 16 anos com um fulgor no olhar, uma permanente de risco ao lado e era eu todinha; já passei por mim com uns 30 anos e lá me reconheci no passo apressado, no olhar concentrado e no sorriso instantâneo ao ver uma criança. Não me tenho encontrado ultimamente e outro dia tive o desgosto de alguém me dizer que eu tinha parecenças físicas com a Dra. Maria de Lurdes Rodrigues.
Minha Querida, este longo preâmbulo, além de ser para te criar um certo suspense, é para te dizer que me reencontro em ti tão repetidamente, no que escreves, nos comentários, em tudo. Esta tua maneira de ver o Tempo, quantas vezes já a descevi, de maneira diferente, sim, mas para dizer a mesma coisa. O Tempo! Lembrarmo-nos nós que, cada dia nos dá 84.600segundos para viver! Tu não escreves com teclados, nem com canetas, nem com palavras: tu escreves directamente com a tua mente. Se eu fosse fada, fadar-te-ia para todo o Bem. Assim, só me resta desejar-te que quando falares assim poeticamente do Tempo que perdemos o faças como o Eterno Fingidor.
God bless you, dearest.
Um beijo da Avó Pirueta

Anónimo disse...

Eu traduzir?
Fico me pelos exames de alemao que me deram bem que pensar.
bjinho, Rita

BC disse...

Olá Mariana!
Gostei que me tivesses ido visitar.
Ontem não tive oportunidade de te responder, mas passa lá sempre que quiseres ok.
Eu gosto de ler juventude comop tu!!!

Beijocas e muitos sorrisos
Isabel

Avó Pirueta disse...

Hoje, num fim de tarde em que me deu um ataque ligeiro de uma moléstia de que raramente sofro, a Melancolia, fui ler os blogues dos mais jovens e dos tempos eu que, inocentemente, eu não blogava nada. Encontrei o Diogo e fiquei a ler e reler e reler... Diogo e Mariana, qual é o cordão que vos prende? Cada um de vós diz as coisas com uma mágoa que deve ser difícil para vós e é incómoda para mim. Eu e os milhares de sexagenários que por aí se arrastam, tivemos a faca e o queijo na mão e o que vos deixamos é, quase sempre entre os melhores, entre os mais sensíveis, uma tremenda muralha que vos separa da Esperança. Peço-te, Diogo, perdão pela minha parte. Mesmo que tenhas usado com mestria as palavras apenas para fazeres um retrato inventado, eu sei que ele existe, de facto. E lamento. A mariana escreve com a mente, tu escreves com os olhos. May God Help you. It's more difficult to live with a heart. Avó Pirueta